terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

CONTABILIDADE, A QUARTA PROFISSÃO MAIS DEMANDADA PELO MERCADO DO MUNDO




Uma carreira milenar, mas que continua forte no mercado brasileiro e internacional é a de contador(a). No espaço Estela Entrevista, o presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o contador catarinense Juarez Domingues Carneiro, também presidente do Grupo Latinoamericano de Normatizadores de Informações Financeiras, fala sobre a campanha que o conselho vai fazer para valoriza mais os profissionais no país e destaca a alta empregabilidade do setor.

>> Confira a entrevista com o contador Juarez Domingues Carneiro

Segundo Carneiro, contador é a quarta profissão mais demandada do mundo, ou seja, a quarta que mais oferece oportunidade de trabalho. Muitos estudantes de graduação conseguem emprego ou estágio no primeiro semestre do curso.

— A contabilidade é a ciência da informação. Qualquer decisão de uma empresa ou de uma família necessita de informações que a contabilidade oferece. Decisões baseadas em dados reais significam uma possibilidade de acerto muito grande — explica o presidente do CFC.

Segundo ele, Contabilidade é um dos cursos com a maior relação custo-benefício. É uma ciência que tem uma demanda muito grande por profissionais.

— Tem um imenso mercado. É a quarta profissão mais demandada do mundo. Era a quinta. No Brasil temos, hoje, um mercado de trabalho muito amplo. Basta olhar em jornais e revistas a oferta de empregos. Temos estudantes na primeira fase que estão estagiando ou empregados — comenta.

Juarez Carneiro criticou a expressão "contabilidade criativa" usada pelo ministro Guido Mantega para justificar alterações no balanço das contas nacionais. Segundo ele, não existe contabilidade criativa. Existem normas e o que é certo e errado. Contabilidade é a ciência da transparência.

Fonte: Diário Catarinense

Curta: Calculis Assessoria

TABELAS DO PIS/Pasep e COFINS – EFD CONTRIBUIÇÕES ESTÃO DISPONÍVEIS NO SITE DA RFB

Já estão disponíveis no site da Receita Federal as tabelas utilizadas na apuração das Contribuições para o PIS/Pasep e para a Cofins – EFD Contribuições.

Clique aqui e acesse as tabelas:


http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/efd-contribuicoes/

SISTEMA TRIBUTÁRIO DO BRASIL ACENTUA DESIGUALDADE SOCIAL, DIZ ESTUDO DO BID



Paradoxo. Esta é a conclusão a que o recém-publicado estudo de José Roberto Afonso sobre a tributação brasileira chegou. Feito a pedido do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o documento não expõe apenas a perda de competitividade que o sistema atual impõe ao país, mas também as mazelas sociais que ele acentua. De acordo com Afonso, que desenvolveu o estudo em parceria com Julia Morais Soares e Kleber Pacheco de Castro, a principal diferença entre o sistema brasileiro e o de outros países está nas formas de incidência dos tributos. Ele explica que em nações mais desenvolvidas o padrão é a taxação de lucros, renda e patrimônio. No Brasil, o grosso da arrecadação federal tem origem na Produção e do consumo.

“O nosso sistema não é progressivo. Os impostos indiretos têm maior peso na nossa carga tributária. São tributos que as pessoas não sabem que estão pagando”, conta. O motivo, diz Afonso, está na distância entre as camadas sociais. “O sistema tributário reproduz a desigualdade econômica, social e política do país. Ele impede o achatamento social.”

Uma das maiores evidências desta afirmação, diz o economista, está nas constantes reclamações de brasileiros referentes ao valor pago de IPTU (Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana), IPVA (Imposto sobre a propriedade de veículos automotores) e Imposto de Renda. “Comparados a outros países, o que pagamos sobre renda e patrimônio é muito baixo. Além disso, os profissionais que são melhor remunerados não são assalariados. Eles possuem empresas abertas e pagam menos imposto sobre a renda por ser uma pessoa jurídica”, comenta o economista.

Uma das queixas mais comuns de trabalhadores é o quanto se paga de imposto. A mordida do leão pega pouco mais de 40% da receita de um empregado que recebe de um a cinco salários mínimos. Neste caso, lamenta Afonso, dificilmente haverá uma solução de curto prazo. “Não é possível reduzir a Carga Tributária por que o Brasil gasta muito. Se não conseguimos diminuir a quantidade, precisamos melhorar a qualidade. Tornar a tributação mais transparente, simples e progressiva. Hoje ela não possui nenhuma destas qualidades”, afirma.

Investimentos

Contratado para fazer um “manual do sistema tributário brasileiro para estrangeiros”, Afonso conta suas dificuldades para colher dados junto à Receita Federal e destrinchar a tributação nacional. Segundo ele, um dos temas mais relevantes para os Investimentos de fora do país são as desonerações fiscais intensificadas pelo governo federal durante o ano passado.

Nem mesmo com a prometida desoneração da cesta básica o Economista acredita que haverá uma redução da carga tributária. “Uma vez, o governo desonerou o pão. Mas já havia onerado ainda mais o trigo. De que adianta?”, questiona. O Economista diz que, durante sua pesquisa, não conseguiu comprovar qualquer renúncia fiscal do governo. “A Receita Federal não sabe quanto arrecada de cada setor”, conta. “Eles não possuem uma apuração detalhada. O governo não faz uma avaliação do resultado das medidas que toma. No caso da desoneração da folha de pagamento, muitas empresas reclamaram que estavam pagando mais do que antes”, argumenta.

Ele diz que o governo federal precisa responder a uma pergunta: se as medidas resultaram no aumento do faturamento, do emprego ou dos salários. “O problema é que ele não tem como responder”, afirma. Outro mal que deixa estrangeiros receosos em investir no Brasil,diz, é a guerra fiscal. “Todos precisam saber o quanto todos pagam. Dois fabricantes de um mesmo produto podem pagar uma Carga Tributária diferente devido a incentivos, isenções e a guerra fiscal dos estados. Qual a segurança disto”?

Fonte: Brasil Econômico